As expectativas do comércio exterior para 2022

As expectativas do comércio exterior para 2022

Quer ficar por dentro das principais tendências para o mercado do comércio exterior no próximo ano? Então nos acompanhe!

De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), a receita nas operações de comércio exterior deve aumentar 4,7%. Um número um pouco abaixo dos 10,8% de crescimento previstos para esse ano.

O alto percentual registrado em 2021 se deve principalmente à retomada da economia após meses de pandemia. Dessa forma, o crescimento no próximo ano deve ser moderado e adequar-se ao longo prazo.

Também de acordo com a OMC, os principais pontos de atenção são as dificuldades de abastecimento, devido à pouca disponibilidade de contêineres e a possibilidade de um novo surto de Covid-19.

Um dos problemas apontados pela OMC que o setor pode enfrentar no próximo ano é a falta de vacinas nos países africanos, o que pode levar ao risco do surgimento de novas variantes da doença, impactando também as operações econômicas.

Minério de ferro e carne bovina são preocupações relacionadas ao mercado chinês

Em relação à agricultura, devido à desvalorização do real frente ao dólar e à tendência de regularização das chuvas no próximo ano, a safra de verão deverá bater números recordes positivos em 2022.

Em outubro de 2021, as exportações no Brasil em geral tiveram alta de 27,6% em relação a setembro, o que mostra que a balança comercial está em um ritmo de crescimento.

As más condições climáticas que derrubaram o desempenho de commodities como o milho e o açúcar em 2021 podem voltar a prejudicar esses e outros produtos como o trigo e o café.

O acesso a produtos como fertilizantes e químicos, que têm um preço mais alto, podem ser um problema e o produtor pode acabar repassando o preço ao mercado consumidor.

O minério de ferro é uma commodity que deverá sofrer queda nas exportações, já que a China, seu principal comprador, passa por uma desaceleração no mercado imobiliário devido à crise da construtora Evergrande, que está endividada.

O embargo chinês à carne bovina no Brasil, com a detecção de dois casos da doença da “vaca louca”, também deve influenciar as exportações do produto.

Porém, especialistas acreditam que esse problema não deve se estender por muito tempo, já que o Uruguai não teria como dar conta da demanda e os Estados Unidos pedem um preço muito alto pelo produto.

A desvalorização do real frente ao dólar é o que de fato irá puxar os bons resultados da balança comercial brasileira. Os principais mercados são China, Hong Kong, Macau, Argentina, Estados Unidos e União Europeia.

Escassez de contêineres e falta de abastecimento devem persistir até o segundo semestre

Alguns especialistas acreditam que o comércio internacional só voltará aos patamares normais a partir do segundo semestre.

Isso se deve à escassez de contêineres gerada pela retomada brusca da demanda em 2021, especialmente nos países desenvolvidos (o que deixa o Brasil em desvantagem), e o aumento no custo do frete.

Muitos defendem que essas questões só deverão ser completamente resolvidas no segundo semestre de 2022.

A exceção é a soja, o milho e outras commodities agrícolas, que são exportadas por meio de navios graneleiros e não precisam de contêineres.

Outra mudança prevista para o mercado e que foi acelerada com a pandemia do novo coronavírus é a implantação da tecnologia nos processos de empresas que atuam no comércio exterior.

País precisa modernizar processos e reduzir custos para manter-se competitivo

Muitos especialistas da área defendem uma série de reformas para reduzir o chamado Custo Brasil e acreditam que essa seja uma tendência em 2022. A proposta é a realização de reformas administrativas e econômicas que reduzam os gastos do setor empresarial.

De acordo com especialistas, a redução desse custo poderia gerar impactos positivos na exportação das mercadorias brasileiras e otimizar a negociação de acordos comerciais com países ou blocos.

Outra iniciativa que tem reduzido a burocracia no setor é o programa Portal Único de Comércio Exterior, desenvolvido pelo governo federal.

A redução de tempo, custos e a documentação necessária para as operações de importação e exportação no Brasil têm trazido mais eficiência às empresas que atuam no comércio exterior.

Entenda Como a transformação digital tem impactado o comércio exterior, conteúdo publicado no blog da Maxima Sul.

Outra iniciativa do governo, a bConnect, blockchain (serviço de rastreamento de informações) desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) em parceria com a Receita Federal, permite a troca de informações de Operadores Econômicos Autorizados (OEA) e tem agilizado as operações no setor.

Há também a previsão de desenvolver a tecnologia para o comércio exterior para atender ao compartilhamento de informações de Declarações Aduaneiras (alfândega).

E então, gostou de saber sobre as principais tendências para o comércio exterior no próximo ano? Para saber mais sobre as soluções da Maxima Sul, entre em contato conosco! Nosso time terá prazer em tirar todas as suas dúvidas.

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