A explosão no porto de Beirute, no Líbano, ocorrida no dia 4 de agosto, deixou a cidade arrasada, uma verdadeira catástrofe para um país que enfrenta uma das suas piores crises econômicas e políticas. Lamentavelmente, Beirute foi devastada pela tragédia no porto impelindo o país a escolher como direcionará seus esforços para a reconstrução da cidade e por essa razão, talvez o acordo econômico entre o Líbano e o MERCOSUL, que já vinha sendo negociado de forma mais efetiva no ano passado, demore mais do que estava previsto.Além disso, o avanço da pandemia do coronavírus e a decisão Argentina de não participar de algumas negociações do MERCOSUL trouxeram mais incertezas para essa negociação durante o primeiro semestre de 2020. Dessa forma, a explosão no porto de Beirute apresenta novos desafios para o governo libanês, impactando nas tratativas comerciais entre as duas partes.
O comércio entre os dois países se caracteriza por exportações brasileiras em volume significativo para o Líbano. O Brasil exportou US$ 240,5 milhões para esse país em 2019. Já as importações brasileiras de origem libanesa alcançaram US$ 9,7 milhões. Ou seja, o Brasil já possui um saldo superavitário no comércio bilateral com o Líbano. Por conseguinte, esse acordo apresenta uma oportunidade para o Brasil aumentar as suas exportações para o Líbano.